Sejam bem vindos ao Ametista de Luz,
Ametista de Luz é um blog que vem para somar, nunca para competir ou dividir. Estou aqui, à luz da Universalidade Crística que habita em meu coração. Minha religião é Deus e EU SOU LIVRE, pois EU SOU O QUE EU SOU.
Ametista de Luz, representa o caminho que venho trilhando na busca pela minha evolução como ser humano e espiritual e da responsabilidade com a vida ao meu redor. Decidi que era hora de dividir com vocês aquilo em que acredito, aquilo que tenho buscado e o que tenho aprendido. Não tenho intenções de forçar ou violentar consciências, pois cada um é livre para crer ou não e naquilo que quiser. Este blog tem por objetivo levar, agregar conhecimentos, alargar conceitos, desmistificar, permitir novos olhares sobre coisas velhas e estagnadas, descortinar coisas que para muitos ainda estão escondidas.Que através dos conhecimentos diversos das diferentes doutrinas, religiões, filosofias, teosofias que este singelo serviço de amor e luz possa iluminar as vidas de todos aqueles que o acessarem, ajudando-os assim a expandirem suas consciências rumo ao divino que todos somos.Nunca esquecendo que não existem verdades absolutas no Universo e que ninguém é dono dela.
Que eu possa partilhar com vocês essa busca e esse caminho de pura luz que emana de meus Amados Mestre Jesus, o Christo e de Mestre Saint Germain, o Avatar dessa Era da Chama Violeta ou Era de Aquário e da Equipe Espiritual que me guia.
Paz e Luz, Namastê, Axé, Aranauam, Saravá, Motumbá, Salve, Shalom, Kolofé, Shaumbra, Mitakue Oyasin...!!! Anna Aguyrre

domingo, 8 de julho de 2012

A BÍBLIA E O ESPIRITISMO




A palavra Bíblia vem do grego (biblia=plural de biblion ou biblios= livro), portanto é um conjunto de livros.
Em hebraico, a Bíblia chama-se O TANACH (o vocábulo  é masculino) e constitui o livro sagrado dos hebreus. Narra a história da saída de Abraão da cidade de UR na Caldéia em busca da terra prometida (CANAAN). A palavra “HEBREU” vem do hebraico “EVER” ( ‘ivri) e pode ter dois significados: Em Gen. 14,13,  Ever ( hebreu) é uma denominação dada a Abrão. Desta forma, “ ‘ivrim ” seriam os descendentes de EVER, ( Abraão) e o termo designaria grupos étnicos.

Pode significar também “a outra margem”. Em Josué 24:2 diz-se que “além do rio” (B’ever hanahar) ficaram os países de vossos pais, e tomei vosso pai(Avraham), Abraão, da outra margem do rio...“refere-se aos povos que vieram do outro lado do rio Eufrates, de onde veio Abraão. Neste caso, o termo tem um significado geográfico, étnico e social”.

A Bíblia hebraica é constituída de 24 livros que narram toda a trajetória do povo hebreu e  não possui o que nós ocidentais chamamos  de “Novo Testamento”. Para as religiões ocidentais, a  Bíblia divide-se em duas grandes partes, chamadas respectivamente de VELHO TESTAMENTO E NOVO TESTAMENTO, constituído, este último, dos livros sagrados  do Cristianismo e das religiões dele derivadas ou seja: Igreja Católica, Protestante, Ortodoxa Grega, Ortodoxa Russa, Armênia, Copta, Maronita, etc. O termo “testamento” vem do hebraico (berit)  que significa “Aliança”, do grego (diathéke) e finalmente no latim (testamentum), significando a antiga Aliança do  Sinai para o judaismo e a Nova Aliança de Jesus, o Cristo para o Cristianismo.
Existem, portanto, como consequência, três tipos de Bíblia a definir: A  Bíblia Judaica que para nós constitui o Velho Testamento, ou o Tanách  com 24 livros,  a Bíblia protestante com 66 livros e a Católica com 73 livros.
 Ta-na-ch representa as iniciais dos três conjuntos de livros que formam a Bíblia hebraica:  A Torá, Revelação ou Ensinamento que é formada pelos cinco livros de Moisés, que juntos formam o Pentateuco (no grego,  penta =  cinco + teuco = livro (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio).
 Neviim ou Profetas, além dos livros que hoje chamamos de históricos. São em número de 8 livros.
 Ketuvim ou  Escritos. Os Judeus designam por este nome, os livros dos Salmos, Provérbios, Jó, Cântico dos Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester e Daniel, até aqui, são nove livros mais Esdra e Neemias ( um só livro) e as Crônicas I e II, - Divrei Iamim- ( um só livro), num total de 11 livros, perfazendo assim, um total de 24 livros. Este conjunto representa, para os ocidentais, o Velho Testamento. Consequentemente, a Bíblia Judaica não possui Novo Testamento.

É muito importante a necessidade de um estudo profundo e atualizado que traga um conhecimento novo para as verdades existentes na Bíblia. A Bíblia está repleta de passagens que trazem, através do povo hebreu, luzes para revelação de um monoteísmo, onde Deus é evidenciado como único e universal. Em todo seu  conteúdo e história, encontramos passagens e fatos que ratificam e comprovam os fenômenos mediúnicos em suas várias categorias, através  dos profetas, que eram na verdade grandes médiuns.

O  espírita não pode ficar à parte destes conhecimentos e preocupa-nos muito a visão equivocada de alguns  com relação à Bíblia. A grande maioria dos cristãos divide a Bíblia em Velho e Novo Testamento, afirmando que só o Novo Testamento é que tem importância para estudo, considerando o Velho Testamento  apenas como aspecto histórico.

Kardec não pensa assim e utiliza inclusive, o termo PRIMEIRA REVELAÇÃO, em lugar de “Velho Testamento”, o que está de pleno acordo com o significado hebraico de BERIT RISHON  que significa Primeira Revelação.
 Se fizermos um estudo no Livro dos Espíritos vamos encontrar observações do Espírito da Verdade e do próprio Kardec que demonstram um conceito diferente e de pleno acordo com o significado Bíblico.
 Analisemos o que diz Kardec no Livro dos Espíritos, na questão 59, referente à criação. Kardec afirma que a Bíblia não é um erro, mas  que os homens se equivocaram ao interpretá-la.
 Na obra o Evangelho Segundo o Espiritismo, Kardec utiliza vários capítulos sobre temas da Primeira Revelação. E assim, temos: Primeiro capítulo. Não Vim Destruir a Lei, onde Kardec cita os Dez Mandamentos, todos extraídos do Êxodo - capítulo 20. Quarto capítulo: Não pode ver o reino de Deus, senão aquele que renascer de novo, onde Kardec cita o profeta Isaías 26:19 e Jô 14: 10 e 14. Décimo quarto capítulo: Honrar Pai e Mãe, Exôdo 20:12.
-  Na questão 275, o Espírito da Verdade nos manda  ler os Salmos. Na questão 560, cita o Eclesiastes como verdade superior.
 - Na questão 1009, Platão, em mensagem, afirma que é, no sentido relativo,  que se deve interpretar os textos sagrados.
- Na questão 1010, São Luís informa que “o Espiritismo ressalta a cada passo do próprio texto das Escrituras Sagradas”. Como se pode desconhecer estas colocações dos espíritos superiores?
O Novo Testamento, para ratificar a sua autenticidade,  cita os livros do Velho Testamento como os Salmos, os Provérbios, os profetas, além de inúmeras outras passagens. Veja por exemplo, o Evangelho de Mateus que foi escrito para os judeus convertidos ao cristianismo e apresenta citações do Antigo Testamento em todos os seus capítulos.

O Apocalipse de João, ditado pelo Cristo, possui 404 versículos, dos quais 278 referem-se ao Antigo Testamento. Será que as pessoas, que pensam assim com relação ao Antigo Testamento, estão corretas em seu raciocínio?

Emmanuel,  em seu livro “A Caminho da Luz110”, na página 67, faz referência ao Judaísmo e ao Cristianismo. 

Reproduzimos aqui o texto, na íntegra, para sua reflexão: “Estudando-se a trajetória do povo israelita, verifica-se que o Antigo Testamento é um repositório de conhecimentos secretos, dos iniciados do povo judeu, e que somente os grandes mestres deste povo   poderiam interpretá-lo fielmente, nas épocas mais remotas.
Eminentes espiritualistas franceses, nestes últimos tempos, procuraram penetrar os seus obscuros segredos e, todavia, aproximando-se da realidade com referência às interpretações, não lhes foi possível solucionar os vastos problemas que as suas expressões oferecem.

Os livros dos profetas israelitas estão saturados de palavras enigmáticas e simbólicas, constituindo um monumento parcialmente decifrado da ciência secreta dos hebreus. Contudo, e não obstante a sua feição esfingética,
 é no conjunto um poema de eternas claridades. Seus cânticos de amor e de esperança atravessam as eras com o mesmo sabor indestrutível de crença e de beleza. É por isso que,  a par do evangelho, está o Velho Testamento tocado de clarões imortais, ( grifos nossos) para a visão espiritual de todos os corações. Uma perfeita conexão reúne as duas leis, que representam duas etapas diferentes do progresso humano. Moisés, com a expressão rude de sua palavra primitiva, recebe do mundo espiritual as leis básicas do Sinai, construindo deste modo o grande alicerce do aperfeiçoamento moral do mundo; e Jesus, no Tabor, ensina a humanidade a desferir, das sombras da terra, o seu vôo divino para as luzes do céu”.

Que acha? Emmanuel está equivocado?

O que nos falta, na verdade, é o conhecimento mais aprimorado da Bíblia para descobrirmos que ela endossa a Doutrina dos espíritos e está de mãos dadas com ela. Que ambos se completam. Por isso, achamos inconcebível o desconhecimento destas questões, não só pelos espíritas, como também por todos os cristãos de qualquer credo religioso que em vez de procurarem compreender estas verdades através do estudo, passam, como a maioria das pessoas, a criticar  o que desconhecem.

Vejamos o texto da questão 1010 do Livro dos Espíritos acerca da Bíblia:

“Logo se reconhecerá que o Espiritismo ressalta a cada passo do próprio texto das Escrituras Sagradas. Os Espíritos não vêm, pois, destruir a religião, como alguns o pretendem mas, ao contrário, vêm confirmá-la, sancioná-la por provas irrecusáveis. Mas como é chegado o tempo de não mais empregar a linguagem figurada, eles se exprimem sem alegoria e dão às coisas um sentido claro e preciso que não possa estar sujeito a nenhuma interpretação falsa. Eis porque, dentro de algum tempo, tereis mais pessoas sinceramente religiosas e crentes que as que não tendes hoje”.

Vejamos, finalmente,  a opinião de Jesus a respeito da Torá  ou  Primeira Revelação: “Não penseis que vim destruir a Torá (Bíblia)  ou os profetas. Eu não vim para destruir, mas para cumprir”. Mateus 5;17. No versículo 18 deste mesmo capítulo Jesus acrescenta: “Em verdade vos digo: enquanto os céus e a terra não passarem, nem um “iud” nem um sinal da Torá passará antes que tudo seja cumprido” O “iud” é a menor letra do alfabeto hebraico. Jesus quer dizer que tudo que tem na Torá é importante até mesmo a menor letra tem importância e que tudo que ali se encontra é verdadeiro e não passará nada da Torá sem acontecer ou ser cumprido conforme a vontade de Deus.
 E conclui Jesus ainda no capítulo 5:19 de Mateus: “Assim, o homem que deturpa um desses mandamentos, por menor que seja, e o ensina aos homens, será chamado o menor no reino dos Céus. Mas quem pratica e ensina, este será chamado “Grande” no reino dos Céus”.

Estes três versículos (17,18 e 19) do cap. 5 do evangelho de Mateus servem para nossa análise sobre a opinião de Jesus sobre a Primeira Revelação.
Diante do exposto, ficam patentes as opiniões de Kardec, do Espírito de Verdade, de Emanuel e de Jesus sobre a Bíblia, Primeira Aliança ou Primeira Revelação.
Se você leitor, pessoalmente não gosta ou não aceita a Primeira Aliança ou Primeira Revelação, nós respeitamos a sua OPÇÃO PESSOAL, mas não utilize o nome da Doutrina Espírita, do espírito da Verdade, de Kardec ou de Jesus,  para justificar sua opção, pois  segundo os motivos expostos acima, todos dedicam respeito e recomendam o nosso entendimento e cumprimento do que existe na TORÁ.

Artigo originalmente publicado na Revista Internacional de Espiritismo e reproduzido com autorização do autor.

Texto do Boletim Eletrônico Doutrinário do T. E. do Cruzeiro da Luz
Ano 2012 – 106


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