Sejam bem vindos ao Ametista de Luz,
Ametista de Luz é um blog que vem para somar, nunca para competir ou dividir. Estou aqui, à luz da Universalidade Crística que habita em meu coração. Minha religião é Deus e EU SOU LIVRE, pois EU SOU O QUE EU SOU.
Ametista de Luz, representa o caminho que venho trilhando na busca pela minha evolução como ser humano e espiritual e da responsabilidade com a vida ao meu redor. Decidi que era hora de dividir com vocês aquilo em que acredito, aquilo que tenho buscado e o que tenho aprendido. Não tenho intenções de forçar ou violentar consciências, pois cada um é livre para crer ou não e naquilo que quiser. Este blog tem por objetivo levar, agregar conhecimentos, alargar conceitos, desmistificar, permitir novos olhares sobre coisas velhas e estagnadas, descortinar coisas que para muitos ainda estão escondidas.Que através dos conhecimentos diversos das diferentes doutrinas, religiões, filosofias, teosofias que este singelo serviço de amor e luz possa iluminar as vidas de todos aqueles que o acessarem, ajudando-os assim a expandirem suas consciências rumo ao divino que todos somos.Nunca esquecendo que não existem verdades absolutas no Universo e que ninguém é dono dela.
Que eu possa partilhar com vocês essa busca e esse caminho de pura luz que emana de meus Amados Mestre Jesus, o Christo e de Mestre Saint Germain, o Avatar dessa Era da Chama Violeta ou Era de Aquário e da Equipe Espiritual que me guia.
Paz e Luz, Namastê, Axé, Aranauam, Saravá, Motumbá, Salve, Shalom, Kolofé, Shaumbra, Mitakue Oyasin...!!! Anna Aguyrre

sábado, 8 de março de 2014

08 DE MARÇO - DIA DE POMBAGIRA


Imagem do Artista Jerri D'Oxossi - Pombagira Maria Padilha


Estava imerso nos meus trabalhos quando senti a proximidade de um dos Guias, ou melhor, de uma das Guias. Parei para perceber melhor e escutei:

- Boa noite, moço.

- Boa noite, minha senhora. Tudo bem? Posso ser útil em alguma coisa?

- Comigo está sempre tudo bem, moço. (gargalhada) Obrigada pela sua gentileza.

- Não tem de quê, minha mãe à minha esquerda.

- Sabe, moço, agradeço seu carinho e o seu respeito, não são todos que o têm, mas estou longe de ter um filho barbado. (gargalhada).

- Entendo, minha senhora…

- Mas tudo bem, meu filho. (gargalhada escrachada) Sabe, moço, estava vendo a movimentação e sei que haverá trabalhos na minha banda. Fico contente por isso, mas não consigo entender uma coisa.

- O quê, minha mãe? –  ri-me, já pressentindo o que vinha.

- (risos) Porque é que vocês só reverenciam a festa de Exu?

- De jeito nenhum, minha mãe, a festa sempre é também para a senhora.

- Não é isso que estou dizendo, moço.

- E o que é então?


- Sabe, moço, estamos à frente e na frente de muitas coisas. Aliás, Pombagira é assim mesmo, pra frente. (gargalhada)

- Isso eu sei …(risos), mas não entendo onde a senhora quer chegar.

- Olha, moço, vocês passaram por grandes mudanças e avanços sociais nos últimos tempos, não?

- Não …vou dizer que ainda estamos passando, mas claro que muita coisa mudou.

- E vão mudar mais ainda! (gargalhada) Bom, moço, sei que não tenho muito tempo e queria falar-lhe uma coisa.

- Pode dizer, minha mãe.

- Apesar de atuarmos junto com os nossos companheiros Exus, nós não somos nada parecidas com eles. Assim, não têm por que criar um dia para Exu e reverenciar-nos também.

- Onde a senhora que chegar?

- Antes, na vossa ignorância, muitos nos chamavam de Exu mulher, mas hoje isso passou, pelo menos para muitos, mas outros ainda possuem estes conceitos ou piores (gargalhada escrachada).

- Sim?

- Então, como muitos já sabem disso, e como também sabem o muito que fizemos por vocês e pela Umbanda, você não acha que está na hora de criar um dia só para nós? (gargalhada).

- Acho que sim, minha mãe. Por mim pode até ser hoje.

- (gargalhada escrachada) Você acha, moço, que Pombagira se contenta com qualquer coisa? (gargalhada escrachada)

- Sei que não (risos), mas, mais uma vez, não entendi onde a senhora quer chegar.

- Olha, moço, quando vocês comemoram um dia para os Orixás, normalmente ele tem a ver com o sincretismo religioso que vocês fazem, certo?

- Certo, mas infelizmente não conheço nenhum sincretismo religioso para a senhora.

- (gargalhada) É porque de santa nós não temos nada! (gargalhada escrachada) Mas se tivéssemos, qual seria esse sincretismo?

- Sei lá, minha mãe. Maria Madalena, talvez (risos).

- É, podia ser engraçado… Mas essa história de mulher da vida continuaria nos perseguindo, ou não foi por isso que você pensou nela?

- Tenho que confessar que foi. Peço desculpas.

- Não tem que se desculpar não, moço, se a gente ligasse para isso, já teríamos reclamado.

- Mas então com que santa sincretizamos a senhora, já que de santa a senhora não tem nada? (risos)

- Engraçado você, não, moço? (gargalhada)

- Mas uma vez desculpe, mas não posso deixar de me lembrar do que as senhoras representam na cabeça de muita gente.

- Isso é falta de informação ou ignorância mesmo, sabe, moço?

- Sei.

- Mas que influenciamos algumas mudanças na mulherada, pode ter a certeza.

- Acredito. Afinal vocês representam o arquétipo do prazer, a sensualidade e a sexualidade feminina e a “mulherada” “tá” fogo (risos).

- Você falou bem, moço, feminino, não da mulher. Claro que somos mais femininas que vocês, mas vocês também possuem um lado feminino, não?

- Claro que temos, minha mãe, assim como vocês têm um lado masculino.

- Esse não serve para nada. (gargalhada) Mas esse lado que muitos de vocês (homens e mulheres) não usam, deveriam usar mais, sabe?

- Sei não, minha mãe. Pode-me contar?

- Não se faça de inocente, moço. Eu sei que você sabe, mas você quer ver o que eu tenho para dizer e o que tiver que dizer eu digo, moço. Acontece que é através desse lado que vocês tanto realizam como se realizam nas coisas, pois é nele que vocês encontram o prazer de fazer, de viver, de ser…

- Sei…

- Mas esse lado, moço, só se desenvolve com leveza, com soltura, com sensibilidade e isso até mesmo muitas mulheres estão a esquecer-se.

- Acredito que sim, minha mãe.

- Mas, voltando ao assunto que você desviou, nós não nos contentamos com qualquer coisa e nem com qualquer dia.

- Tudo bem, minha mãe, mas que dia a senhora quer para que possamos homenageá-las?

- Sabe, moço, se nós não tivéssemos dado corda àquela mulherada toda, muita coisa não teria mudado.

Entendendo onde ela queria chegar, perguntei:

- As senhoras ou o mistério?

- Isso não importa, pois é através dele que me manifesto, certo?

- Certo, minha mãe.

- Mas voltando onde você me interrompeu, se nós, ou como você disse, o nosso mistério não tivesse incitado toda essa revolução feminina, as mulheres não teriam conquistado um dia só para elas, sabe?

- Não, mas acho que estou a começar a perceber…

- Pois é, moço, tem sincretismo ou arquétipo melhor para nós do que simplesmente a mulher, sem ser santa ou outra coisa qualquer? Simplesmente mulher!

- Acho que não
.
- Então concordamos, já que de santa eu não tenho nada, mas de mulher tenho muito …(gargalhada)

- Concordo, minha mãe… (risos) Agora entendi, minha mãe. A senhora quer que louvemos o seu dia no Dia Internacional da Mulher, não é isso?

- Pense, moço, na revolução que isso seria. Homens homenageando suas mães, esposas, filhas, irmãs e … nós. (gargalhada escrachada)

- Acho interessante, minha mãe, mas acredito que muitos não vão gostar dessa ideia.

- Tudo bem, moço. Muitos já não gostam da gente mesmo. (gargalhada)

- Tudo bem, minha mãe. Na minha casa vou reverenciar esse dia como dia das Pombagiras. Está bom para a senhora?

- Está não, moço. Porquê só na sua casa se isso pode ser em toda casa de Umbanda? Como eu disse, nós não nos contentamos com pouca coisa! (gargalhada)

Ri-me, mas já meio preocupado.

- Certo, minha mãe, mas o que a senhora quer que eu faça?

- Espalhe isso. Tenho a certeza que alguns vão gostar e aderir, outros vão achar você um palhaço, mas faz parte. Se nós não agradamos a todo mundo, você também não irá agradar quando relatar para os outros o que eu lhe estou pedindo.

- Certo, minha mãe, mas a senhora aguenta a bronca desse lado, “tá”?

- (Gargalhada) Pode deixar moço… se você fizer direitinho, não há problema. (gargalhada) Mas agora que já disse o que eu queria, moço, eu vou embora e o resto é com você.

- Até à próxima, minha mãe. A senhora quer que eu ponha o seu nome no seu pedido?

- Ponha só Maria, pois não há nome que defina melhor o que é ser mulher que Maria, não acha?

Assim a moça desapareceu gargalhando.

E aqui escrevo essa nossa pequena conversa, instituindo no nosso Templo o dia 8 de Março como o dia dedicado a Pombagira. Um dia a mais dedicado a um Orixá como tantos outros que dedicamos na nossa Umbanda.



Saravá a todas as Marias!
Salve as moças!
Laroyê Pombagira!

Não citei a autoria do texto porque não encontrei, retirado da Internet.

Imagens escolhidas aleatoriamente - fonte Internet 




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